Os pais sonham com o melhor para os seus filhos. Entre a lista do que esperam para o futuro das crianças destacam-se desejos como que sejam felizes, saudáveis e realizados na vida afetiva, social e profissional. Muitas vezes em busca de alcançar tais objetivos, impõem às crianças uma agenda frenética, repleta de compromissos, com horários determinados e muitas exigências. Na contramão dessa antecipação de fases vem surgindo no Brasil o movimento slow parenting (em português, traduzido como “pais sem pressa”).
Buscando respeitar o tempo de cada criança e visando alcançar uma infância mais saudável e menos estressante, a metodologia prega a desaceleração na vida das famílias e, consequentemente, dos filhos. As regras do slow parenting realmente nos fazem refletir. Colocá-las em prática depende muito mais dos pais do que das crianças, e confesso que necessita de esforço e quebra de paradigmas.
Diferente do que era pregado nos ano 2.000, o movimento pede para as famílias minimizarem o número de atividades extras dos pequenos. Já que menos é mais e não é bom criar mini executivos, pois eles se cansarão e quando chegar a idade de trabalhar já estarão exaustos.
As crianças precisam ser crianças. Brincar é a maior necessidade na vida infantil. O tédio e o ócio são necessários e ajudam a desenvolver a criatividade. É importante deixar a criança se relacionar com outras crianças. O círculo social dos filhos precisa ser maior do que apenas o círculo familiar. Todas estas diretrizes, aparentemente simples, mas que demandam grande dedicação dos pais, são pregadas pelo movimento slow parenting.
Para que possam explorar o mundo a seu tempo, a ansiedade dos pais precisa baixar. Não tem porque esperar que o filho seja o primeiro a caminhar, o que vai falar antes, se alfabetizar primeiro e ter as melhores notas na escola. Para isso uma boa pedida é conversar mais em casa, entender a vontade e os anseios das crianças e como estão se sentindo. Uma outra dica é fazer mais atividades em família, que podem ser assistir e comentar um filme, cozinhar, brincar no parque, montar quebra-cabeças, enfim algo que seja prazeroso para pais e crianças e que una ainda mais a família.
Quer conhecer mais sobre o movimento? Participe do 1° aMANHÊsendo, dia 1 de julho, em Caxias do Sul, com palestra do especialista em slow parenting, Gabriel Carneiro Costa. Mais informações aqui na página. Ingressos online pelo https://www.sympla.com.br/amanhesendo__153376.
Chris Finger é jornalista, mãe de Louise (4 anos) e Lis (3 anos)
Chris veste Via Roma e as meninas vestem Pinoti Baby & Kids
Foto Vivi Tomas
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