Atualmente são poucos os momentos em que as famílias conseguem estar off-line. Ir para o restaurante com tablete ou celular já virou prática comum. Chegar em casa da escolinha e ligar a televisão ou algum jogo eletrônico também. Cada vez mais estou me cuidando para não deixar esse mundo online se tornar um problema aqui em casa.
Pela manhã deixo elas assistirem tevê, os programas preferidos, normalmente na Netflix. Assim, ao menos, não recebem uma enxurrada de propaganda, com brinquedos que vão me pedir mais tarde. Se o dia está bom incentivo que brinquem no pátio, parque e façam brincadeiras ao ar livre.


À noite, após a aula, é o nosso principal problema. Estão cansadas e dão um dedo para ficar atiradas em frente à tevê. Vamos combinar que isso é cômodo para todo mundo. Os pais que tem um tempo livre para jantar, arrumar a casa, trabalhar um pouco mais ou simplesmente descansar. E as crianças que entram num ciclo de preguiça sem fim e ócio até a hora de dormir.


Então criei algumas “regrinhas” aqui em casa, mas sem elas perceberem. Ao chegar da escola, se estão com fome fazem um lanchinho. Depois vamos para as brincadeiras. Minhas filhas amam desenhar, pintar, fazer trabalhinhos. Então tenho uma caixa repleta de coisas que elas gostam, com têmpera, giz de cera, canetinhas, desenhos para pintar e revistas para recortar.


Outra opção de brincadeira que elas amam é massinha de modelar. Ficam horas fazendo comidinhas e dando para as bonecas. Também gostam muito de fazer teatrinho, com fantoches, se divertem e riem de montão. Esses dias a Louise (4 anos) ficou cerca de uma hora fazendo show de mágica para mim e para Lis (2 anos). Ao final da apresentação minha barriga doía de tanto rir. E elas estavam realizadas com tudo aquilo.
Confesso que para elas está sendo mais fácil essa nova regra da casa, de uma vida mais off-line, do que para mim e o meu esposo. Ficar longe do celular e do what’s é quase um suplício. Nossa como dá vontade de conferir a última mensagem recebida ou o que acabaram de postar no Facebook ou no Istagram. Mas tento me segurar e quando escorrego, faço longe delas.


É claro que tem noites que essa versão da casa off-line não dá certo. Principalmente se estou sozinha, preciso recorrer à tevê. O importante é que estamos inserindo atividades novas, o que torna a nossa convivência muito mais intensa, com ainda mais amor e troca.
Quando vamos almoçar ou jantar fora optamos por locais com espaço kids ou jardim externo, assim elas se divertem sem precisar de meios eletrônicos para isso. Em últimos casos levo o meu próprio kit, com os brinquedos que elas mais gostam e massinha de modelar.

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